Alçado pela presidente Dilma Rousseff ao núcleo político do Palácio do Planalto para ajudar a contornar a crise na qual o governo se encontra, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, saiu nesta segunda-feira em defesa da petista. Apontou que a terceira fase do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" como motriz para a retomada do crescimento econômico e vitrine dos programas sociais.
"Assim como no início do programa, o 'Minha Casa, Minha Vida' foi um dos principais vetores de retomada de crescimento do Brasil. Neste momento, a fase três cumprirá o mesmo papel: servirá para alavancar nossa economia, gerar empregos e, mais do que isso, para atender seu objetivo de ser, no campo social, um dos principais programas do governo da presidenta Dilma, mesmo tendo ajuste fiscal", afirmou.
Kassab participou de reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que representa as empresas do setor. Eles formalizaram a criação de um grupo de trabalho que irá definir o "Minha Casa, Minha Vida 3" nas próximas semanas. A nova etapa do programa pretende contratar 3 milhões de unidades até 2018, somando junto com as etapas anteriores, um total de 6,750 milhões de residências. "É um programa ambicioso. Isso significa atender 25 milhões de pessoas", disse.
O ministro das Cidades ressaltou o papel social do programa como uma das metas do governo Dilma, mesmo diante do ajuste fiscal. "Esse, inquestionavelmente, ao longo da gestão da presidenta Dilma, será um dos mais importantes programas do governo e o setor (de construção) sabe das responsabilidades e entende a dificuldade de transição por causa do ajuste fiscal", disse.
Kassab negou, ao ser questionado pela imprensa, que o cenário econômico ruim possa afetar a execução do programa. Ele defendeu o ajuste fiscal como "necessário". "Não há perspectiva ruim. O governo faz a sua lição de casa. O governo encaminhou e continuará encaminhando os projetos necessários para o ajuste da economia", disse. "Prioridade é prioridade e esse programa tem, da nossa parte, a confiança de que ele é prioridade e essa prioridade será atendida", disse.
O ministro rebateu, assim, o contra-argumento de que o cenário econômico possa exigir a redução da meta de 3 milhões de unidades habitacionais até 2018. "Essa é uma questão fechada pelo governo (3 milhões), é uma prioridade para a presidenta (Dilma). Não se questiona mais isso dentro do governo por orientação da presidenta e essa reunião de hoje foi o início da etapa final de formatação desse programa", defendeu. "A meta será atingida. O será definido é o cronograma", afirmou. A mensagem do ministro ecoou na fala do presidente do CBIC, José Carlos Martins, que disse deixar a reunião confiante no "compromisso" do governo de contratar as 3 milhões de unidades residenciais. "Foi muito forte o compromisso de governo", disse.
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