SÃO PAULO - A venda de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo em julho deste ano totalizou 736 unidades. O resultado é 31,3% menor que o apurado em junho, quando foram vendidos 1.072 imóveis, e -56,03% em comparação a julho de 2013, com 1.674 unidades comercializadas. Foi o que revelou a pesquisa Mercado Imobiliário Residencial, elaborada mensalmente pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
Em valores comercializados, o montante chegou a R$ 378 milhões, uma variação negativa de 31,5% diante dos R$ 551,2 milhões registrados no mês anterior. O indicador VSO (Vendas sobre Oferta), que representa a divisão total de unidades vendidas em 12 meses pelo volume ofertado no período, foi de 50,4%.
Segundo o economista-chefe do Sindicato, Celso Petrucci, as vendas no sétimo mês de 2014 foram impactadas, principalmente, pelos baixos índices de confiança do consumidor e do empresário e pelas incertezas quanto ao futuro da economia do País. Além disso, continuou Petrucci, julho é tradicionalmente um mês de movimento fraco. “Esses fatores, aliados aos reflexos da Copa do Mundo, contribuem para explicar o comportado do mercado de lançamentos e vendas de imóveis residenciais na cidade.”
O vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbandos do Secovi, Emilio Kallas, analisa que as vendas de imóveis nos próximos meses podem diminuir ainda mais com a implantação das novas Operações Urbanas do Plano Diretor Estratégico. “A partir de 2015, a redução dos percentuais de aproveitamento dos terrenos e o aumento no valor da outorga onerosa, entre outros aspectos, deverão interferir nos novos projetos e encarecer sobremaneira os imóveis ofertados", afirma Kallas.
Lançamentos
De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), foram lançadas 973 unidades em julho, com variação de -59,7% comparado a junho, quando registrou 2.413 lançamentos.
Das 736 unidades comercializadas, 537 se encontravam na fase de lançamento, ou seja, dentro do período de 180 dias desde o momento em que o produto é lançado. Isso significa que 73% dos imóveis vendidos no mês tinham até seis meses de oferta.
Com relação ao tipo do imóvel, o segmento de 2 dormitórios liderou as vendas com 392 unidades (53,3%) do total. As unidades de 1 dormitório e de 3 dormitórios praticamente empataram em vendas, com 22,1% e 22,0% de participação, respectivamente, 163 e 162 unidades negociadas.
De acordo com a pesquisa, no sétimo mês do ano, a oferta final de imóveis não vendidos ficou em 21.232 unidades.
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