SÃO PAULO – Antes da temporada de Copa do Mundo no Brasil, que aconteceu entre os meses de junho e julho desde ano, os interessados em assistir os jogos no estádio e turistas que estavam desembarcando no País se depararam com a indisponibilidade de hotéis, que já estavam lotados, e os preços das diárias extremamente altos.
Os problemas enfrentados pelo setor de hotelaria brasileiro abriu caminho para uma nova (talvez nem tanto) forma de hospedagem: o aluguel de imóveis para temporadas. Além de uma solução interessante para os viajantes, o negócio é uma opção para aqueles que querem aumentar a renda e até pensar em um plano de aposentadoria.
Apesar de algumas pessoas já alugarem imóveis de temporada, principalmente quando se vai viajar para praia com a família, o negócio começou a ganhar popularidade no Brasil e no mundo há alguns anos. O site líder de anúncio de alugueis HomeAway, por exemplo, está atingindo a marca de 1 milhão de imóveis disponíveis em 190 países; o representando no Brasil, o Alugue Temporada, já conta com 22 mil imóveis.
Além disso, a empresa brasileira recebe 28 milhões de acessos por ano, sendo que nos últimos dois anos houve alta de 50% no número de imóveis anunciados e de visitas no site. Para o presidente do Alugue Temporada, Nicholas Spitzman, esse mercado é embrionário. “O potencial de crescimento do Brasil é muito alto e a Copa do Mundo permitiu que as pessoas se dessem conta desse mercado”, afirma.
Entre os destinos mais procurados estão as cidades litorâneas, como Rio de Janeiro, Ubatuba, Guarujá, São Sebastião, Florianópolis, Bertioga, Búzios, Cabo Frio, Praia Grande e Ilhabela.
Como funciona?
Para o turista, é bem simples: basta selecionar o local de destino, determinar o período que vai ficar hospedado, solicitar um orçamento e entrar em contato com o proprietário para fechar o negócio.
Já para quem quer disponibilizar uma propriedade para locação, é preciso pagar pelo anúncio; o plano mais barato é o de um anúncio de três meses, que custa R$ 199, enquanto o pacote completo de um ano com destaque custa mais de R$ 1.500.
Com exceção da quantia recebida pelos anúncios, o site não recebe mais nada nem do proprietário nem do turista. As duas partes que definem como será a forma de pagamento e negociam o valor do aluguel, caso seja necessário.
Segurança
Como a negociação não costuma ter o intermédio da empresa, tanto o locatário quanto o dono do imóvel precisam ficar atentos para não caírem em golpes e fraudes. A dica número um e mais importante de Spitzman é de que sempre faça contato por telefone. “Por e-mail não tem como saber com quem está falando, já por telefone é possível confirmar identidade, dados bancários, informações sobre o local, entre outros”. Em casos de fraude comprovada, o alugue Temporada chega a ajudar o viajante com até R$ 1.000.
Além disso, é recomendável que se faça um contrato com informação de preço, datas e horários de check-in e check-out, regras do aluguel e inventário. Outra dica importante é sempre desconfiar de imóveis em locais visados e que estão com preço muito baixo.
Vantagens
Dentre as vantagens encontradas em alugueis por temporada estão o preço mais baixo de hospedagem, principalmente para quem vai viajar em grupo, e maior comodidade, intimidade e flexibilidade de horários e atividades. “Tem também a vantagem emocional, pois você passa mais tempo junto com o seu grupo de amigos. A viagem ganha outra cara”, afirma o executivo.
No caso de quem quer entrar no negócio, a vantagem principal é a maior flexibilidade que o aluguel regular. Em locações tradicionais, o imóvel chega a ficar fica ocupado por anos com uma variação no preço muito fixa; já em imóveis para temporada existem as sazonalidades que permitem aumentar ou reduzir os valores de aluguel conforme a demanda.
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