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Aluguel de loja de rua está 18% mais barato no Sudeste

Publicado na Segunda, 11 de agosto de 2014, 11h14
Aluguel de loja de rua está 18% mais barato no Sudeste

A desaceleração nos preços dos imóveis, que já vem sendo observada no mercado residencial, também chegou aos pontos comerciais. Segundo a última edição da pesquisa Market View, que avaliou 900 imóveis em 12 cidades brasileiras, houve queda de 5% no preço médio dos aluguéis de lojas de rua entre novembro de 2013 e maio deste ano. Na região Sudeste, o recuo nos preços foi de 18%.

 

Segundo o estudo, parceria da consultoria Gouvêa de Souza com a BG&H Retail Real Estate, a média do preço do aluguel nas lojas de rua ficou em R$ 69 por metro quadrado em maio, ante R$ 72 em novembro. Das 12 cidades, apenas Rio, Brasília, São Paulo e Salvador se mantiveram acima da média nacional. O metro quadrado mais caro está no Rio, com média de R$ 109 - alta de 6% na comparação com novembro.

 

Já a capital paulista, apesar de ter ficado acima da média, com R$ 70 pelo metro quadrado do aluguel nas lojas de rua, apresentou queda de 10% em seis meses. Em Curitiba, o recuo de preços no período foi de 12%; já em Belo Horizonte e no Grande ABC, de 10%.

 

"Nos últimos anos, identificamos aumento nos aluguéis. Essa é a primeira vez que notamos queda", diz Marcos Hirai, um dos responsáveis pelo estudo. "O varejo é muito sensível. Quando começa uma desaceleração nas vendas, ele freia a expansão."

 

O estudo mostra, no entanto, que a queda no ritmo ainda é lenta. O fato de haver pouca oferta de bons pontos de rua, sobretudo nas grandes cidades, ajuda a manter os valores de negociação. No recorte por regiões, o Sudeste foi a única que apresentou queda de preços - 18% de novembro a maio. No entanto, ainda tem os aluguéis mais altos, com média de R$ 74 por metro quadrado. "O Sudeste estava com preços absurdamente altos em relação ao que realmente valia. Com o arrefecimento do consumo, a região acabou sentindo mais rapidamente", diz Hirai.

 

Entre as regiões, a alta maior foi no Nordeste, onde a média do metro quadrado avançou 22% no período. Já a cidade que teve avanço mais expressivo nos preços entre as pesquisadas foi Campinas, com alta de 35% em seis meses. O preço do metro quadrado foi para R$ 58 - ainda abaixo da média nacional.

 

Corporativo

 

Depois de um período de alta, o segmento de escritórios corporativos vive um descompasso de oferta e demanda. Segundo estudo da consultoria Colliers International Brasil, no segundo trimestre do ano, quase 19% dos empreendimentos corporativos de alto padrão na capital paulista estavam disponíveis. Já os preços de locação tiveram queda de 0,8%, com média mensal de R$ 116,62 por metro quadrado.

 

"Os preços mantêm ritmo de queda desde 2012, quando a oferta começou a descolar da demanda", diz Leandro Angelino, gerente de pesquisa da Colliers. Para ele, essa tendência deve se manter e até se intensificar ao longo dos próximos meses e em 2015. "Isso porque entrarão muitos empreendimentos novos nesse período", diz.

 

Os imóveis com padrão A+ e A fecharam o segundo trimestre com taxa de disponibilidade de 23,6% e 14,8%, respectivamente. Os empreendimentos da classe B, de 82%. "A categoria de alto padrão é a que mais entrega novos edifícios desde 2012. A taxa de disponibilidade na classe B deve aumentar também, pois no mercado atual muitas empresas estão aproveitando esse momento favorável aos negócios para migrar para prédios mais modernos por uma diferença às vezes bem pequena", diz Angelino.

 

Os imóveis das classes A+ e A terminaram o trimestre com média de locação de R$ 116,62 por metro quadrado - queda de 4% em relação ao final do ano passado. Os empreendimentos da classe B caíram no mesmo ritmo - de R$ 86,89 para R$ 83,72 por metro quadrado.

 

As regiões da Faria Lima e Itaim Bibi continuam com os preços mais salgados da cidade: R$ 161,69 e R$ 157,50 por metro quadrado, respectivamente. A região da Avenida Paulista aparece em quarto lugar com R$ 134,29, atrás de Cidade Jardim (R$ 145). Já Santo Amaro tem o metro quadrado mais barato: R$ 53,83. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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