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Chineses protestam nas ruas contra estouro de bolha imobiliária no país

Publicado na Quarta, 26 de março de 2014, 18h19
Chineses protestam nas ruas contra estouro de bolha imobiliária no país

SÃO PAULO - Um dos maiores temores quando se fala da economia chinesa é a possível existência de uma bolha imobiliária no país. Com uma cultura de guardar dinheiro aliada a inexistência de mecanismos como poupança e a fraqueza da bolsa nacional, muitos chineses optaram guardar dinheiro em imóveis

Em um país com um déficit imobiliário elevado, criou-se uma demanda ainda superior à oferta - não se podia perder dinheiro em um país onde havia uma enorme massa de pessoas vivendo no campo ansiosos por ir para a cidade. Construiu-se cidades "fantasmas" e prédios enormes que nunca foram ocupados - surgiram cidades com capacidades para milhões que tinham apenas alguns habitantes. Comprava-se imóvel como investimento e não como moradia, não tardou para que os problemas viessem.

Em algumas cidades, a "farra" já acabou, os preços despencaram e levaram diversas pessoas às ruas para protestar, reportou o Wall Street Journal. Gritando palavras de ordem e frases de efeito, como "devolvam nosso dinheiro" e "isso é muito injusto", as manifestações estão contidas na cidade de Changzhou, cidade de 4,6 milhões de habitantes na província de Jiangsu. 

Nesta cidade, uma empresa imobiliária, a Wharf, resolveu cortar os preços do metro quadrado em 20% de alguns de seus empreendimentos para conseguir vendê-los. Um ataque à loja da Wharf se seguiu, derrubando anúncios e jogando todos os móveis no chão - como forma de incomodar o construtor.

"Não somos especuladores, só queremos uma explicação do construtor", disse um chinês de sobrenome Wu, que comprou um apartamento de 120 metros quadrados por 730 mil iuanes. O mesmo apartamento atualmente está em 610 mil iuanes e deve continuar caindo enquanto os construtores tentam vender as unidades ainda encalhadas. 

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