SÃO PAULO - Na hora de comprar ou investir em um imóvel, um dos critérios levados em consideração costuma ser a valorização do investimento ao longo do tempo. Seja no mercado residencial ou comercial, a expectativa é que 2019 seja um ano de retomada econômica, com expansão do crédito e aumento da confiança, o que tende a reduzir as taxas de vacância e contribuir para uma valorização do mercado imobiliário.
Para falar sobre os motivos que levam à apreciação ou depreciação de imóveis, o professor do InfoMoney Arthur Vieira de Moraes trouxe ao programa "Fundos Imobiliários" desta sexta-feira (15), Claudio Alencar, professor do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP.
Segundo Alencar, são três os principais fatores que podem contribuir para a valorização do seu imóvel residencial:
O produto precisa estar munido de um conjunto de atributos (qualidade, infraestrutura, localização, vizinhança etc.), que atenda às demandas e aos anseios do público-alvo. Além de ter o ativo certo, no lugar certo e oferecer para o público correto, é necessário também fazer um preço que esse público possa pagar. Em outras palavras, preço, praça, produto e promoção.
A questão de disponibilidade e oferta de crédito contribui para a disposição do investidor em comprar ou investir em um imóvel. "O anseio de comprar ou deter um imóvel próprio vem antes de ter uma poupança para isso. Porém, quanto mais crédito - e a expectativa é de que esse crédito aumente dado o cenário político-econômico positivo - mais esses valores vão ser impulsionados", diz.
A confiança do consumidor também é um fator crucial que pode contribuir para a valorização do seu imóvel. "Só assume dívida de longo prazo a pessoa que tiver confiança na economia, porque está comprometendo uma parcela grande da sua renda por um longo prazo", diz.
Para 2019, Alencar segue otimista com a retomada do mercado imobiliário, mas não deixa de reforçar sua cautela. "A expectativa está muito positiva, mas as coisas não estão acontecendo; a confiança que foi construída pós-eleição ainda não se transformou em atividade real", diz. Ele explica que a confiança vem melhorando, mas que as propostas ainda precisam sair do papel. "Sou um otimista com pé no chão", completa.
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