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Redução da vacância revela novo momento de alta dos imóveis, diz analista da XP

Publicado na Segunda, 27 de agosto de 2018, 17h16
Redução da vacância revela novo momento de alta dos imóveis, diz analista da XP

SÃO PAULO - O período eleitoral imprime forte volatilidade aos mercados, incluindo o imobiliário. No entanto, há uma tendência de longo prazo que deverá se confirmar em breve. “É a transformação de um mercado de inquilinos em um mercado de proprietários”, diz Gustavo Bueno Garcia, head de análise de fundos imobiliários (FII) da XP Investimentos e convidado do incorporador Ricardo Reis no programa quinzenal Mercado Imobiliário, que fez sua estreia ontem (27) na grade da InfoMoney TV.

Em outras palavras, o momento é favorável para investir em imóveis. “Hoje, tem uma oportunidade de compra, porque os ativos estão desvalorizados, com uma taxa de vacância ainda um pouco alta, e novas ofertas não estão com aquele calor todo”, afirma Reis, que tem 35 anos de experiência no mercado e ministra o curso Lucre com Imóveis, que ensina como fazer dinheiro no setor. “É um momento de compra tanto de ativos reais quanto de fundos imobiliários”, reforça ele.

Dados animadores

Referendam a opinião do incorporador dados revelados pelo analista da XP no programa. Embora ainda alta, a taxa de vacância vem caindo ano ano, na média de São Paulo, tendo passado de 29%, em 2016, para algo entre 21% e 22% este ano. “E deverá cair ainda mais, para cerca de 15%, a partir do ano que vem, até chegar aos 10%”, prevê Garcia.

Quanto à taxa de entregas, que, em São Paulo, era da ordem de 300 mil m²/ano, entre 2014 e 2016, agora temos uma realidade bastante distinta. A média diminuiu sensivelmente no ano passado e, daqui para a frente, no entender do analista da XP, poderá se aproximar de zero ou se posicionar em torno de 70 mil m²/ano a 100 mil m²/ano, em 2020/21.

Essa combinação entre um progressivo aumento na taxa de ocupação dos imóveis e a perspectiva de poucas entregas de novos espaços, somada à expectativa de geração de empregos neste e no próximo governo, deverá criar um ambiente de prosperidade para quem investir agora, seja em imóveis físicos, seja em FIIs.

“Com a taxa de vacância caindo, o aluguel sobe. Nas nossas contas, esse valor vai ficar uns três pontos percentuais acima da inflação, na média do mercado, ao ano”, estima Garcia. Ele prossegue dizendo que aluguel em alta é significado de dividend yield alto. “É dividendo que você entrega a mais, ano a ano, no FII. Isso significa que o valor do ativo também deverá subir, e o patrimônio líquido dos fundos vai acompanhar esse movimento”, projeta.

Para você investir melhor

Na opinião de Ricardo Reis, as pessoas e os negócios vêm e vão, mas os imóveis ficam. “E, se bem geridos, podem gerar renda por gerações”, observa ele, lembrando que esse tipo de patrimônio figura no topo da predileção dos brasileiros — entre outros motivos, por causa do conceito de segurança.

A veiculação do programa Mercado Imobiliário vem de encontro a este anseio, trazendo um panorama atualizado do mercado e suas oportunidades. “O objetivo é ajudar investidores brasileiros e estrangeiros a melhorar suas decisões de investimento em imóveis”, explica Ricardo Reis.

Para isso, a ideia é entrevistar pessoas que sejam referências no mercado, como investidores, executivos de empresas de pesquisa, incorporadores, construtores, reguladores e professores, bem como representantes de entidades do setor, imobiliárias, sites e aplicativos especializados, corretoras, bancos e fundos.

Entre os temas a serem abordados estão ciclo, economia, oferta e demanda, financiamento, estratégias, negócios em tijolo e em papel, oportunidades, valorização de ativos, renda bruta e líquida, além de taxa de administração, em diferentes regiões do Brasil.

Veja abaixo o programa Mercado Imobiliário.

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