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“Plantamos a tempestade que estamos colhendo”: o futuro do mercado de galpões em fundos imobiliários

Publicado na Sexta, 11 de agosto de 2017, 19h06
“Plantamos a tempestade que estamos colhendo”: o futuro do mercado de galpões em fundos imobiliários

SÃO PAULO – “Desde 2012, em todos os anos entregamos mais galpões do que temos vendido. Nós plantamos a tempestade que estamos colhendo”. Essa é a visão do diretor da ENGEBANC Marcelo da Costa Santos, convidado desta sexta-feira do programa Fundos Imobiliários, da InfoMoney TV. Ele acredita que os players brasileiros não obedeceram as “regras” dos ciclos econômicos, mas está otimista com o futuro no médio prazo: "os próximos 4 ou 5 anos serão espetaculares", crava.

“Já teríamos um 2017 bom se o Joesley não tivesse abalado o mercado, mas temos visto 4 meses de queda no desemprego”, pondera, fazendo referência à crise política e seus desdobramentos no mercado. Para 2018, já é “quase consenso” que a taxa Selic vai ficar em 7,76%, o que vai ser positivo para o nosso mercado, de acordo com ele.

“Estou otimista com os próximos 8 meses, mas temos que tomar cuidado com quais regiões. Há demanda, há movimentação de inquilinos, há interesse. O problema é preço. Estamos embaixo, precisamos parar de entregar”, resume o especialista.

Onde investir?

Para os próximos meses, ele acredita ser interessante investir em fundos de bons operadores, não necessariamente olhar para regiões. "Bahia é um mercado interessante mas ainda é incipiente, está crescendo". Ao mesmo tempo, ele tomaria cuidado com fundos com foco muito grandes em "focos secundários", por terem uma vacância muito alta, sem profundidade de demanda: "é a primeira região a sofrer e a última a se recuperar". 

O programa Fundos Imobiliários vai ao ar todas as sextas-feiras, às 15h40. Confira a entrevista completa dessa semana acima.

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