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"Mesmo se não houvesse crise, os escritórios estariam sofrendo", diz executivo do setor imobiliário

Publicado na Sexta, 15 de abril de 2016, 10h20

SÃO PAULO – A SiiLA Brasil (Sistema de Informação Imobiliária Latino Americano), apresentou sua primeira pesquisa trimestral referente aos imóveis comerciais e de logística das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os resultados mostram que a quantidade de imóveis disponíveis para venda é superior à demanda, o que aumenta as taxas de vacância.

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De acordo com a pesquisa, referente ao primeiro trimestre de 2016, os imóveis comerciais de alto padrão (A+ e A) em São Paulo, representam 2.28 milhões de metros quadrados e possuem valor médio de R$ 99,30/m2. Desse total, 22,05% estão desocupados. “Existe um excesso de escritórios que foram entregues nos últimos anos. Mesmo se não houvesse a crise generalizada da economia, os escritórios estariam sofrendo, pois não existem tantas empresas para o tamanho de mercado que se existe atualmente. Hoje a região mais ofertada é a da Berrini”, explica Nicastro.

Em relação aos condomínios logísticos no estado de São Paulo, estes representam um estoque total de 7.28 milhões de metros quadrados e apresentam 24,93% de vacância. Jundiaí foi a região com maior representatividade no mercado de condomínios logísticos, fato que, segundo o executivo, deve-se à contribuição do Sistema Anhanguera-Bandeirantes para o escoamento da produção para outros municípios importantes, garantindo maior redução da distância-tempo entre municípios.

Já no Rio de Janeiro, Nicastro afirma que os imóveis comerciais de alto padrão sofreram com a crise no mercado de petróleo e gás, o que aumentou a vacância dos escritórios, chegando a 25,21% de acordo com o relatório. “O mercado do Rio de Janeiro vai demorar 10 anos ou mais para se recuperar, se não bastasse a crise do setor de óleo e gás, existem ainda mais de 1 MM de m² de projetos aprovados para serem entregues”, diz o executivo.

No que diz respeito aos condomínios logísticos no estado carioca, 21,89% estão vazios e, nos últimos três meses nenhum “galpão” novo foi entregue.

 

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