SÃO PAULO – O fluxo de notícias da Petrobras desde o final do ano passado definitivamente não tem sido positivo. A empresa, envolvida diretamente na operação Lava Jato da Polícia Federal, foi o centro de um esquema de corrupção que acarretou em reconhecimento de perdas bilionárias. Adicionalmente, a companhia está altamente endividada e esse contexto fez com que tenha sido divulgado um plano de desinvestimentos que totaliza US$ 15,1 bilhões apenas entre 2015 e 2016.
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Entre esses desinvestimentos, deverão ser vendidos imóveis, especialmente postos de gasolina da distribuidora da companhia, acredita Sandra Ralston, sócia da companhia que atua no mercado imobiliário C+R Real Estate.
A executiva pondera que ainda não existe um portfólio oficial de quais propriedades imobiliárias serão vendidas, contudo, os postos de gasolina em regiões urbanas provavelmente estão nessa conta e, para ela, essa pode ser uma “ótima oportunidade” para os investidores. “É possível agregar outros tipos de uso no imóvel, com mais lojas de conveniência de modo a rentabilizar mais o posto”, relata. A ideia de agregar mais serviços ao estabelecimento é bastante interessante, de acordo com a especialista.
Ainda existe a possibilidade de que a empresa faça alguma estruturação financeira diferente com esses imóveis, como a criação de um fundo imobiliário que teria a renda dos postos como principal fonte de receita, Sandra aponta que essa possibilidade já foi cogitada pela gestão da Petrobras há alguns anos, mas a diretoria acabou não dando continuidade ao plano.
Além disso, dependendo da legislação ambiental e municipal das unidades em questão que devem ser vendidas, é possível usar o terreno para outros usos, que não como posto. Inclusive construindo novos empreendimentos imobiliários na área em questão.
Em relação ao prazo que essas propriedades imobiliárias devem ser vendidas, Sandra diz que o negócio deve acontecer entre seis meses e um ano. “Ainda não há nada definido, a empresa precisa definir sua estratégia e que imóveis ela vai colocar no mercado e como. Com todas as questões envolvendo a empresa, esse processo precisará ser completamente transparente”, finaliza a executiva.
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