SÃO PAULO – Comprar a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Um levantamento do Instituto Data Popular mostra que oito a cada dez famílias brasileiras pretendem adquirir um imóvel, o que equivale a 7,9 milhões de pessoas.
Porém, os preços altos não ajudam na hora de tentar pagar esse objetivo de vida e é preciso organizar as contas. Segundo o presidente da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), Marco Aurélio Luz, no momento da aquisição de um bem é importante que o consumidor deixe a emoção de lado e faça um bom planejamento, pois o pagamento do imóvel vai comprometer a renda da família por muitos anos.
Veja 10 soluções que a associação listou para ajudar aqueles que querem comprar uma propriedade:
1- Economize parte do dinheiro ganho. Nesse momento, é importante colocar todas as despesas no papel e, junto com a família, definir quais despesas podem ser cortadas. O dinheiro poupado vai ser fundamental para dar uma boa entrada ao adquirir a casa própria. O ideal é quitar, pelo menos, 30% do valor total do bem na hora de fechar o contrato;
2- Guarde parte do 13º salário para conquistar a tão sonhada moradia. O dinheiro extra, junto com as economias, pode ser útil na diminuição do valor do financiamento;
3- Verifique qual o teto do valor das prestações que você pode pagar. Não comprometa mais do que 30% da renda familiar;
4- Simule em vários bancos como ficaria o financiamento se fosse hoje para ter uma ideia de como ficará o seu orçamento. Quando for fechar o negócio, peça antes uma planilha do banco com a projeção de todas as parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que compõem a prestação;
5- Tenha cerca de 50% do valor do imóvel depositado no FGTS, poupança ou em outras aplicações para se precaver contra desemprego, diminuição de renda, problemas de saúde na família, entre outras dificuldades imprevistas, que podem comprometer o pagamento das prestações;
6- Reserve dinheiro para pagar despesas, que inclui o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano do imóvel), o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) - que gira em torno de 2% sob o valor do imóvel, dependendo do município -, o registro da escritura (que garantirá a propriedade como sendo do novo comprador que é cobrada em media de 1%) e as certidões emitidas pelo cartório, ambas são cobradas de acordo com o valor do bem;
7- Não se esqueça de guardar, se possível, uma quantia para arcar com custo do despachante, valores de seguros, taxas sobre a avaliação do imóvel, pagamento da parcela das chaves, mudança, reforma do imóvel e compra de móveis;
8- Escolha o financiamento de acordo com suas possibilidades para arcar as prestações. Nessa etapa é importante fazer cálculos e comparar as linhas de crédito imobiliário disponíveis no mercado. Hoje as modalidades para financiar a casa própria são pelo sistema de consórcio, SFH (Sistema Financeiro da Habitação), SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) ou direto com a construtora;
9- Fique atento às taxas de juros. Quando for comprar, opte pelos contratos com uma taxa de juros fixa mais a TR (Taxa Referencial), ou seja, pós-fixada e pelas correções feitas pela tabela SAC ou SACRE. Com parcelas decrescentes e juros menores, ganham diferencial competitivo diante da tabela Price e das taxas pré-fixadas;
10 - Consulte um advogado para sanar dúvidas. A opinião do profissional será essencial para saber se você está em condições de fazer um bom negócio.
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