SÃO PAULO – As cotas dos fundos imobiliários desabaram entre abril de 2013 e abril de 2014. Exatamente neste período, não por coincidência, houve também um ciclo de aperto monetário, que levou a taxa Selic do menor nível histórico, de 7,25%, para os atuais 11% ao ano, o que prejudicou o setor imobiliário como um todo.
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O Ifix, principal índice dos fundos imobiliários, caiu de 1.576 para 1.336 pontos neste mesmo período, enquanto um dos principais fundos, o BTG Corporate Office Fund, conhecido como BC Fund (BRCR11), caiu 17,67%, com a cota indo de R$ 150,00 para R$ 123,50; e o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) desvalorizou 32,19%, com a cota indo de R$ 1.755,00 para R$ 1.190,00.
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No entanto, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou que o ciclo de aperto monetário pode ter chegado ao fim, o que é uma ótima notícia para o setor imobiliário. “Se o ciclo terminar mesmo e a curva de juros futuros inclinar para baixo nós veremos um otimismo generalizado com os fundos imobiliários, como tivemos no ciclo de afrouxamento monetário, entre agosto de 2011 e novembro de 2012”, afirmou Richard Rytenband, economista e especialista em investimentos e métodos quantitativos pela FGV.
O especialista explicou que os FIIs são uma ótima oportunidade para investidores menos qualificados também poderem investir em imóveis, pois este tipo de investimento quebra o paradigma de que é preciso ser rico para entrar neste mundo.
FIIs – Fundos de Investimento Imobiliário
Para investir em FIIs, o investidor deve abrir uma conta em uma corretora e comprar e vender por meio de um homebroker. Atualmente, existem fundos que custam a partir de R$ 100,00, sendo que o valor de cota mais caro está em torno de R$ 4 mil.
Com os fundos imobiliários, o investidor ganha com a valorização da cota e com o rendimento dos bens e direitos imobiliários, sem falar que ele pode ainda reinvestir a renda na compra de novas cotas e deixar os juros compostos trabalharem.
Se compararmos o investimento direto em imóveis com os FIIs, veremos que, em quanto o primeiro possui uma baixa diversificação de portfólio e risco concentrado de inadimplência, vacância e desvalorização do patrimônio, os fundos têm muita diversificação e todos estes riscos pulverizados, sem falar na liquidez, que é muito maior.
Como escolher o melhor fundo
De acordo com Rytenband, para escolher o melhor fundo imobiliário, o investidor deve, primeiramente, evitar os que não têm cotas negociadas na bolsa de valores, pois apresentam um risco maior. “Além disso, é importante escolher bem o gestor do seu FII. Para isso, dê preferências a fundos que já estão há algum tempo em funcionamento e com uma carteira de imóveis diversificada”, alertou.
O especialista também lembrou que um dos riscos deste tipo de investimento é o não pagamento dos aluguéis por parte dos inquilinos, portanto, é bom evitar fundos ligados a hospitais ou imóveis que uma ação de despejo seja um processo complexo. “Prefira fundos que possuem basicamente imóveis comerciais e sempre verifique a composição da carteira do fundo”, finalizou.
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