SÃO PAULO - O imóvel adquirido para moradia não pode ser considerado investimento, na visão do educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira e da Editora DSOP, Reinaldo Domingos.
Já para aqueles que possuem mais de um imóvel, um para moradia e um ou mais para investimento, a dúvida sobre o melhor momento para vender deve ser analisada caso a caso. Para o educador, se pensar no possível lucro que o mesmo pode trazer, a resposta é “sim, venda”.
Contudo, antes de decidir pela venda, é preciso uma análise sobre o que se refere ao ganho que este imóvel vem proporcionando mensalmente como aluguel, a sua relação de percentual de ganho sobre o seu valor venal.
Se esse ganho for pela média da maioria dos imóveis, de menos de 0,50% ao mês, ou seja, menos que o rendimento da caderneta de poupança, tecnicamente vender seria o mais adequado. Contudo, ele chama a atenção de que a análise deve ir além disso.
"Outro ponto que julgo importante para quem investe em imóveis é com relação à liquidez na venda do mesmo. Geralmente, as vendas de imóveis estão levando de seis meses a dois anos para se concretizar. Por isso, recomendo, do total de patrimônio líquido, ter 60% em aplicações financeiras e 40% em imóveis", aconselha.
Próximos anos
Reinaldo Domingos afirma ainda que muitas pessoas perguntam como será a valorização dos imóveis nos próximos anos. Em seu ponto de vista, devido aos aumentos muito acima da inflação nos últimos anos, a tendência é que os preços se estabilizem.
"Não acredito em quedas, mas também não acredito que vão continuar aumentando, com isso, já que não haverá aumentos e nem acompanharão a inflação, a tendência é que, nos próximos cinco anos, os imóveis percam o seu valor, em relação ao poder de compra, em 30% a 40%. Portanto, para a conservação do patrimônio, é de extrema importância realizar um bom diagnóstico dos investimentos e se readequar a esse novo momento", conclui.
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