SÃO PAULO - O setor imobiliário pode iniciar uma trajetória de retomada este ano e, segundo o economista Carlos Pacheco, diretor comercial da Binswanger Brazil, sinais já são encontrados em grandes centros urbanos, como São Paulo. “O cenário é favorável, as taxas de locação estão subindo e há uma expectativa de crescimento muito grande, refletindo num aumento da demanda por escritórios, galpões e lojas em shoppings”, afirmou.
Convidado do programa “Imóveis” desta semana, Pacheco disse que com a recuperação econômica, grandes empresas estão expandindo e tomando mais áreas. Além disso, afirmou que o mercado paulista já nota um aumento dos valores de locação em algumas regiões, como Itaim e Paulista. “Se continuarmos nesse ritmo vai ser um ano muito bom não só para o país, como para o mercado imobiliário como um todo”, diz.
Ele explica que esses fatores, somados a outros indicadores nacionais, como demanda por crédito, saldo de empregos no setor, baixas taxas de juros, retomada de preços e redução da inadimplência contribuem para um aumento da demanda e, consequentemente, para a redução das taxas de vacância. Em um cenário de menos construções nos anos anteriores, se a economia se aquecer "vai faltar metro quadrado", diz, já que há uma demora de 3 a 4 anos entre melhora da economia e entrega e empreendimentos.
Pacheco lembra que São Paulo concentra grandes investimentos imobiliários, justamente por sua dinamicidade e abrangência de setores, em especial o de serviços.
Durante o programa, o executivo comentou também sobre as regiões secundárias como a Centro-oeste e Sul que, segundo ele, devem crescer mais que a média nacional, por conta do aumento da produtividade e da recuperação de renda da população. Confira a entrevista completa acima.
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