SÃO PAULO – Comprar imóvel para investir e obter renda de aluguel não faz mais sentido com a evolução dos fundos imobiliários. Segundo o Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr., coordenador do núcleo de real estate da POLI/USP, esta realidade já é um fato, e os investidores conservadores estão paulatinamente compreendendo este racional.
“O investidor de real estate, aquele conservador que investe para obter renda, está paulatinamente percebendo que não tem que comprar tijolo, tem que comprar posições em fundo imobiliário que é uma posição muito mais coerente em todos os pontos de vista”, disse o acadêmico em entrevista concedida ao professor do InfoMoney Educação Arthur Vieira de Moraes na última quarta-feira (5). Para assistir ao programa completo, clique aqui.
Rocha lista três frentes em que a vantagem dos FIIs é considerada óbvia: a própria renda; a cobrança de impostos e a liquidez. “Não tem nenhuma comparação possível para defender imóvel para renda sobre fundo imobiliário”, crava.
Vale lembrar que fundos imobiliários são fundos de investimento que podem reunir diversos ativos e, portanto, pulverizar tanto o risco como o retorno: por mais que parte dos imóveis do FII estejam vagas, a ocupação do restante garante a renda do cotista com maior consistência – diferentemente do caso em que se tem um imóvel de tijolo para alugar.
Também trata-se de uma categoria de investimento sem incidência de imposto sobre a renda – o único momento em que se tem alíquota é quando se negocia a venda de cotas com lucro.
Por último, um imóvel que não seja mais satisfatório normalmente se torna um fardo ao seu proprietário. Principalmente em ciclos de baixa para o mercado imobiliário, a dificuldade de venda é grande. Com FIIs, a compra e venda é mais dinâmica.
Mesmo para o grande investidor, administrador de diversas unidades imobiliárias ou de grandes empreendimentos, há nítida vantagem nos FIIs, de acordo com o professor.
“Paulatinamente, todos os grandes proprietários que têm posições expressivas em imóveis estão saindo dessas posições”, diz. Segundo ele, é “tudo positivo”, incluindo o processo de gestão dos ativos, já que uma profissionalização via FIIs tende a eliminar confrontos entre proprietários de um mesmo prédio.
Assista ao trecho da entrevista no player abaixo.
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