A concentração é ainda maior nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que abrigam as cidades com custos mais altos de residência, de acordo com os dados do Índice FipeZap. Nelas, o ônus excessivo de aluguel corresponde a 63,4%, 58,8% e 60,1%, respectivamente.
Considera-se integrante do déficit habitacional qualquer domicílio no qual ocorra uma das quatro situações: habitação precária (domicílios improvisados ou rústicos), coabitação familiar (soma dos cômodos e das famílias conviventes com intenção de constituir um domicílio exclusivo), ônus excessivo com aluguel (famílias com rendimento de até três salários mínimos e gasto superior a 30% da renda familiar) ou adensamento excessivo de moradores em imóveis alugados (mais de três moradores por dormitório).
Segundo os dados da Fundação, que foram divulgados na semana passada, os estados com maiores déficits habitacionais em 2015 foram São Paulo (um milhão e 306 mil domicílios), Minas Gerais (552 mil), Bahia (451 mil), Rio de Janeiro (468 mil) e Maranhão (388 mil). Na outra ponta, Roraima (21 mil), Acre (26 mil), Amapá (28 mil) e Tocantins (46 mil) tiveram os menores déficits, algo que ocorreu principalmente em razão de números populacionais enxutos.
Ao olhar valores relativos, porém, o cenário muda. Em 2015, o déficit relativo foi de 19% para o Maranhão e Amapá. Já em Roraima, foi de 14 %. Os Estados mais bem colocados foram Rio Grande do Sul (5,9%), Paraná (7,4%), Mato Grosso (7,7%) e Espirito Santo (7,8%).
Segundo dados do Fipezap, os valores dos alugueis caíram 12,5% em termos reais em 2015. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego alcançou 8,5% no ano, após marcar 6,8% em 2014 e a renda média subiu abaixo da inflação no mesmo período, mostrando queda de 4,8% conforme dados do IBGE.
Além do ônus do aluguel, outros fatores que pesaram para o déficit habitacional foram Coabitação familiar (28,4%), habitação precária (14,9%) e adensamento excessivo (5,1%).
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